Review Fringe 3.03 – The Plateau
Mais um episódio de “Fringe” no universo alternativo, e apesar de eu sentir muita falta do mundo que já conhecemos, este foi um ótimo episódio. No caso da semana – que, aparentemente não é relevante no sentido de se encaixar nos casos estranhos relacionados aos dois mundos – um homem com problemas mentais e QI super baixo é submetido a um experimento para aumentar sua capacidade mental e consequentemente sua inteligência. Assim, ele se torna capaz de prever eventos baseado em probabilidades e assim consegue causar uma reação em cadeia para que o evento desejado aconteça.
A verdadeira Olivia está de volta ao trabalho, não dela, é óbvio, e está tentando se adaptar. As memórias e traços de personalidade implantadas nela parecem estar surtindo efeito, já que ela está agindo e reagindo como a falsa Olivia. Porém, em vários momentos podemos perceber que ela sente algo diferente. Não apenas pelo fato de estar tendo visões com Walter e Peter, que, com certeza, são a manifestação de seu subconsciente. Além disso, ela parece não ter perdido aquele “sexto sentido” – se é que podemos chamar assim – que sempre teve e que a ajudou a ser tão boa em seu trabalho, como percebemos quando ela identificou o causador dos acidentes.
Nós vimos que Charlie não está tão certo de que ela seja a Olivia deles e tenta testá-la para ter certeza. Apesar de ela ter passado nesse teste, ele ainda não parece estar convencido de que seja ela. Já o agente Lee não demonstrou qualquer desconfiança, porém não estou certa de que ele acredite tão fielmente que ela seja a Olivia deles. Vimos também que ele nutre certos sentimentos por ela, não apenas por causa do beijo comentado por Charlie, mas por seu modo de agir e olhar para ela. Quando Charlie conversa com ele sobre o assunto, ele planta uma semente de dúvida, que acho que vai florescer nos próximos episódios.
A razão para que o Walternativo queira transformar a verdadeira Olivia na Olivia deles é que, como ela pode atravessar entre os dois universos sem ser prejudicada, ela seria útil em sua luta contra o outro universo. Mas será que é só isso? Não consigo acreditar que esse seja seu único interesse nela e que ele contaria para Broyles tudo o que planeja de forma tão tranquila. Ele é um pouco mais perverso que isso. Aliás, falando no Walternativo, ele me dá arrepios. Fico pensando se ele sempre foi assim tão mau e frio, ou se o sequestro de seu filho o transformou nisso.
Neste episódio, ficou parecendo que eles têm uma imensa dificuldade em atravessar de um universo para o outro, tanto que o Walternativo está tramando uma forma de fazer isso e tem utilizado cobaias nos testes. Mas se isso é tão difícil para eles, porque há tantos deles no universo “real”, trabalhando e tramando uma forma de se vingar?
Detalhes do episódio:
Apesar de toda a tecnologia e avanço do universo alternativo, eles ainda enfrentam uma epidemia de varíola, doença há muitos anos extirpada do universo que conhecemos.
Outro detalhe, foi quando Olivia chega em casa e vê o jantar que seu namorado preparou, ela pergunta sobre os abacates, onde conseguiu e quanto custou, como se fosse um artigo raro, de luxo.
Outra coisa que mostra o quão evoluído eles são em determinadas áreas foi o fato de não usarem mais canetas. Este é um objeto tão antigo e obsoleto que quando eles perguntam a um jovem que testemunhou um dos crimes investigados no episódio, ele nem sabe do que estão falando.
Uma coisa interessante foi quando Walternativo conversa com Brandon, seu cientista, que pergunta se ele não sente falta de ser cientista e ele diz: “Eu ainda sou um cientista, só que tenho um laboratório muito maior.” Ou seja, as pessoas e o próprio universo são seu laboratório agora. Ele faz experiências com as pessoas.
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Postado em: Fringe
