Resident Evil 4: Recomeço (2010)
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Resident Evil 4: Recomeço (2010)

 

 

AVISO: Esse texto contém spoilers para quem ainda não assistiu ao filme!!

 

 

 

Para quem estava ansioso pelo lançamento de “Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife)”, não tenham tantas esperanças de acompanhar uma história intrigante e que vá te fazer grudar na cadeira durante suas quase 2 horas de exibição. O grande pecado do filme, e posso até dizer que o grande pecado da franquia comandada pelo diretor Paul W. S. Anderson, é que os personagens originais do game não são tão explorados quanto deveriam ser. A participação de Claire (Ali Larter) nesse filme esteve bem abaixo do que realmente deveria ter pela importancia da personagem nos games, assim como a entrada de Chris (Wentworth Miller) na história poderia ter sido feita de forma a colocá-lo mais como herói e não apenas mais um a se juntar ao grupinho de Alice (Milla Jovovich). É até compreensível a atitude de Anderson em sempre escalar sua esposa para os papeis principais dos filmes em que ele trabalha, mas em uma franquia como “Resident Evil”, onde temos personagens de destaque como Leon S. Kennedy e Ada Wong, não podemos ficar reféns de uma história onde praticamente nada acontece além da trama “T-Vírus é solto e infecta grande parte da população mundial, tornando-os zumbis”.

 

Anderson tenta pelo menos manter os fãs familiarizados com a franquia dos games ao trazer personagens como Jill Valentine (Sienna Guillory), Carlos Oliveira (Oded Fehr), os irmãos Redfield, e até mesmo os vilões Nêmesis e Tyrant, mas isso se torna pouco quando vemos que toda a ação está centrada em uma personagem que jamais existiu nos games, mas enfim, não temos como mudar essa situação. Falando específicamente sobre “Resident Evil 4: Recomeço”, o filme não tem aquelas cenas de suspense profundo ou de assustar de verdade, o que o diretor procurou enfatizar, e nada mais justificável, foram os efeitos visuais que as filmagens em 3D proporcionariam aos fãs e isso aconteceu de forma brilhante, principalmente nas cenas de explosões, tiroteios e muita pancadaria que aconteceu durante todo o filme.

 

O começo do novo filme já deu um desfecho ao final de “Resident Evil 3: A Extinção” porque como vocês se lembra, Alice havia sido clonada e estava com um exército pronto para atacar a Umbrella Corporation, mas o inimigo com o qual elas lutavam também estava preparado para contra-atacar e fez isso de forma brutal, eliminando todos os outros clones e deixando a Alice original sem seus poderes principais. O problema da falta de um roteiro mais elaborado é que mesmo Alice tendo seus poderes anulados, ela continuava extremamente forte e nem percebi essa falta de poderes nela. A participação de Claire nesse filme começou fraca, devido a desculpa da perda de memória recuperada aos poucos durante o filme, mas também depois ela e Chris deram a esperança de que os personagens originais dos games possam ser melhor aproveitados, o que também é o caso de Jill Valentine, que fez uma aparição surpresa nesse filme comandando as equipes da Umbrella que partiam em direção ao Arcadia (ninguém na sala de cinema esperava isso, já que quando os créditos começaram a subir o público se levantou e saiu da sala).

 

Ainda falando sobre personagens importantes desse filme, em uma das primeiras aparições de Luther West (Boris Kodjoe), Alice disse que o conhecia de algum lugar e eu pensei que fosse alguma coisa relacionada ao passado da personagem, assim como aconteceu no primeiro filme com Spencer (James Purefoy), mas na verdade era apenas uma citação ao trabalho do cara, que era um famoso jogador de basquete. Apesar dessa falha na construção do roteiro, eu gostei do fato dele ter sobrevivido aos zumbis que o perseguiam, deixando claro que sua participação no próximo filme é praticamente certa. Uma coisa que me deixou bastante decepcionado, além da participação praticamente nula de K-Mart (Spencer Locke) que não teve nem uma fala sequer durante suas poucas aparições na parte final do filme, foi o fato de terem pintado Albert Wesker (Shawn Roberts) como um super vilão, ter dado a impressão que derrotá-lo seria algo praticamente impossível, e na hora que a pancadaria tá comendo solta ele até começou justificando essa idéia quando lutou com Chris e Claire, mas quando a Alice entrou em ação o cara foi derrotado até com certa facilidade. O que ela enfrentou quando lutou com Tyrant e Nêmesis nem se compara a tamanha facilidade que ela teve ao lutar contra Wesker, e isso de certa forma para mim foi decepcionante.

 

Concluindo, se você é fã de dos jogos e quer ir ver “Resident Evil 4: Recomeço”, as únicas referencias que terão dos games, além dos personagens principais, está no gigante Executor (que é um dos monstros que fazem parte do game Resident Evil 5) e em algumas paisagens do filme (um exemplo que eu cito acontece quando Alice chega na praia onde está o helicóptero dos refugiados e o caminho por onde ela anda é bastante semelhante a alguns cenários do game Resident Evil 4), mas não espere por uma obra que ficará marcada na sua mente e sim um passatempo bastante atrativo no que diz respeito aos efeitos visuais.

 

 

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Postado em: Comentando Cinema



Sobre o Autor

Desde os tempos mais primórdios, na cidade de Brasília, esse jovem "veterano de guerra" e abençoado torcedor do São Paulo já gostava de séries e tudo relacionado aos veículos midiáticos. Pensando nisso, formou-se em Comunicação Social - Rádio e TV e decidiu usar seus conhecimentos para tornar o CineSéries o melhor portal de notícias do Brasil

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