O Último Mestre do Ar (2010)
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O Último Mestre do Ar (2010)

Como fã do desenho animado da Nickelodean não podia estar mais entusiasmada para ver “O Último Mestre do Ar”, assim, foi com altas expectativas que eu fui ver o filme. Na sua generalidade “O Último Mestre do Ar” não desaponta os fãs da animação, contudo, tenho a dizer que soube a pouco, pois muita coisa foi deixada de lado.

Eu entendo que seria simplesmente impossível colocar todo o livro da água neste primeiro filme, mas, de qualquer forma, achei que, apesar de terem usado as cenas mais importantes, faltou um maior cuidado na ligação dessas cenas, isto para que o filme não pareça um conjunto solto de cenas marcantes. Contudo, o que mais me chocou foi o fato de eles não terem dado qualquer importância ao treinamento de Aang e Katara durante a sua estadia na tribo da água do norte. Houve umas imagens em que vemos Aang a treinar com o mestre, mas e Katara? Ela supostamente aprende a dobra da água nessa altura, porém, no filme ela magicamente começa a dominar a dobra da água.

O ponto forte de “O Último Mestre do Ar”, na minha opinião, é a fotografia. A semelhança com o universo criado pela série da Nickelodean é inacreditável. Notou-se que houve um cuidado muito grande com cada lugar por onde Aang, Sokka e Katara iriam passar. Porém, eu referenciaria os detalhes surpreendentes da tribo da água do norte, que aliás hospedou as melhores cenas do filme. A cena da invasão da tribo da àgua pela nação do fogo é uma das mais surpreendentes do filme.

Não podia também deixar de mencionar as coreografias das dobras das várias nações. O estilo muito próprio usado na coreografia das dobras no anime foi captado de maneira bastante satisfatória para “O Último Mestre do Ar”.

Não será exagerado dizer que todos os fãs do desenho animado estavam bastante curiosos para ver os seus personagens preferidos corporizados. Contudo, no meu caso, tive algumas desilusões.


A principal foi o Iroh, Tio de Zukko. Apesar de ter sido dos poucos personagens que psicologicamente se manteve fiel à série da Nickelodean, foi talvez aquele que menos se aproximou fisicamente. Desculpem mas, para mim, Iroh é um homem com uma certa idade e gordinho, algo bem longe do que aconteceu no filme.

Na verdade as maiores desilusões, em relação aos personagens, estiveram ligadas à nação do fogo. Por mais que me esforce não consigo ver Zukko interpretado por Dev Patel, e as razões até são simples. Em primeiro, não consigo deixar de ver o ator como Jamal, o protagonista de “Quem Quer Ser Milionário”. Em segundo, porque Patel esteve longe de se aproximar do que era necessário para captar o desespero, revolta, obstinação que Zukko experiencia ao longo dos dois primeiros livros. Outra grande surpresa foi quando vi Azula, bem no final do filme. Acho que se o Fire Lord Ozai não tivesse referido o seu nome eu jamais saberia quem era aquela jovem. Tenho a dizer que fiquei incrédula quando percebi que aquela garota com ar tímido é supostamente a temível e perversa Azula.

Por outro lado, as surpresas mais agradáveis estiveram na tribo da água. Em primeiríssimo lugar e em grande destaque esteve a Princesa Yue, é de arrepiar a semelhança entre a atriz e o desenho. No que diz respeito ao trio principal eu destacaria a Katara. Achei que de todos os personagens ela foi a que teve um melhor desempenho e se manteve surpreendentemente fiel ao desenho. No caso de Sokka não foi a questão física que me incomodou e sim a falta de uma pontada de sarcasmo e alguma comédia no personagem.  Já com Aang eu diria que faltou o entusiasmo daquela criança que apesar de entender que tem um destino importante para cumprir não deixa de se divertir. No filme Aang parece constantemente deprimido e sem alegria de viver. O lado brincalhão do pequeno avatar foi completamente deixado de lado.

Para terminar iria somente referir o começo do filme. Se adorei que tivessem usado os créditos do desenho animado para começar o filme, aquela tela vermelha com as dobras de todas as nações, não podia ter ficado mais chocada com o fato de não terem usado por completo a cena. Detestei que tivessem seguidamente colocado uma tela preta com uma descrição escrita do estado do mundo no presente. Pareceu uma cópia mal feita de “Star Wars”.


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